quinta-feira, 4 de novembro de 2010

mais ou menos uma crônica

31

O escuro bate querendo entrar.

O balanço ritmado nos acompanha na intenção de algum dia chegar. Não se sabe o caminho, o caminho que é guiado pelos clarões que assustam, mas são a esperança da luz, do dia, da chuva que cai, que limpa e se esforça para deixar tudo o que de mal nos persegue para trás. O desconforto se desliga e o olhar curioso se ascende e procura como um caleidoscópio, que busca a luz, tudo o que pode inspirar. E é esse mesmo olhar que por horas e horas nos permite conhecer o novo, ter medo do novo, se divertir com o novo, admirar o novo, fazer parte do novo.

E vai!

A escuridão passa. A chuva passa. O dia chega. O trem para.

E o olhar sempre aqui e ali a procurar

(Memória da viagem de trem que fizemos de Puerto Quijaro até Santa Cruz, foram mais ou menos 22h na estrada embalados a 30km/h por entre montanhas, matas e casas bolivianas cheias de contrastes, pobreza, coragem, beleza, admiração e admiração.)

Por Mariana

Nenhum comentário:

Postar um comentário