quinta-feira, 4 de novembro de 2010

A Bolívia com cheiro de Brasil

E aos poucos o sol dá lugar à lua. E conforme a noite chega, o frio de La Paz aumenta, gradativamente, “castigando” os brasileiros acostumados com um friozinho de 15ºC. Mas nada que impeça a saída noturna para conhecer um pouco mais desse lugar enigmático chamado Bolívia, que a cada esquina surpreende um pouco.

O consenso não foi algo tão complicado, até mesmo por que a maioria não conhece a cidade mesmo, então qualquer lugar seria muito bom. Depois de um bom pedaço andado, chega-se ao primeiro lugar. Porém, nem tudo são flores, qual seria a graça se não acontecesse nada de mais? O guarda da portaria logo se vira e diz que é proibida a entrada de menores de 21 anos. Nada de anormal, se a maioria do grupo não tivesse entre 18 e 20 anos.

Mais um bom pedaço andado e a ausência de uma pessoa começa a incomodar. A noite ganha uma pitada cômica e logo depois do reencontro a caminhada continua. Muitos são os lugares possíveis para se parar, mas sempre há um impedimento e, quando a desistência começa a passar pela idéia de cada um, eis que surge a última opção: Tetecos.

Logo na entrada, um grupo de cariocas promove a integração com o grupo de goianos. É um sinal de que a noite trará lembranças do Brasil, que já começa a trazer saudade no coração de cada um. Já na escada, a ideia que passa pela cabeça é: será que não teria sido melhor desistir? Resposta que só viria alguns minutos depois.

As músicas típicas trazem o encanto de cada povo que compõe o país. Um tempo depois, o samba toma conta da pista, e é hora do som e do “suíngue” desajeitado brasileiro encantar. Depois de todos conseguirem suar naquele frio, um grupo boliviano começou a se apresentar. Um som embalante começou a tomar conta de todos.

Batuques com sabor baiano. O som que lembrava muito o Olodum embalou a todos pelo resto da noite. Naquele momento a resposta da pergunta feita na escada chegava. Não! Se cedêssemos ao desânimo momentâneo, dando lugar a decisão de não desfrutar da noite boliviana, jamais teria sido possível traçar um paralelo entre Brasil e Bolívia. Países tão diferentes e ao mesmo tempo tão iguais.

Depois de muita diversão e interação, a hora de ir embora chega. O frio volta a bater. Cada um segue seu caminho com uma sensação diferente da noite. E a lua continua lá no alto, esperando o momento certo para ceder seu lugar ao sol.

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